domingo, 22 de novembro de 2009

A Contribuição de Roma para a Educação.


A Contribuição de Roma para a Educação.


Contemporâneos aos pensadores gregos vão ver que na Península Itálica a população vive de forma mais primitiva, na sua grande maioria, sendo que ao norte vivem os etruscos – povo mais evoluído, conhecedor da escrita. Estes dominam quase todo o país, principalmente a região do Lácio, onde em 753 a.C. é fundada Roma, que mais tarde com seu desenvolvimento na agricultura e comércio, vem a se tornar uma cidade. A forma de governo é monarquia (rei etrusco) surgindo à divisão das classes sociais: a aristocracia de nascimento, representada pelos patrícios, e os pebleus, representados pelos homens livres, camponeses, artesãos, comerciantes sem direitos políticos.
Mais uma vez a política privilegia alguns (ricos) em detrimento de outros (pobres), que continuam à margem dos processos políticos, principalmente com a vinda de escravos (prisioneiros de guerra), os agricultores perdem suas terras e desvaloriza o trabalho dos artesãos. Os comerciantes ricos aspiram cargos políticos, surge o funcionalismo público, onde são empregados apenas os que sabem a escrita.
Podemos comparar a pedagogia de Roma com a da Grécia: trabalho manual desvalorizado e o intelectual como privilégio da aristocracia. E suas diferenças: a grega valoriza o pensamento do homem, para que ele busque a sabedoria para viver bem, enquanto a romana não dá importância para a reflexão filosófica, uma educação voltada para o dia a dia, com objetivos específicos de lucro ou poder. Descuidam da educação científica e artística, prevalecendo uma cultura de letrados, uma atenção maior para as regras gramaticais e sofisticação nas conversações.
Cícero se destaca pelos vastos conhecimentos na oratória e ampliou o vocabulário latino. Cônsul interferiu nos rumos da política e foi assassinado, homem culto valorizou a fundamentação da filosofia do discurso, acreditando que o orador requer uma cultura geral, formação jurídica, filosófica e habilidades literárias.
“A importância de Cícero não se restringe a antiguidade: chegou a ser um dos principais modelos dos pedagogos renascentista. O Ciceronismo foi tão intenso naquele período, que o francês Rabelais, crítico do ensino tradicional, o considerava apenas um modismo”, (Maria Lúcia Arruda Aranha-História da Educação, pg.63, 2005).
Como numa época anterior, nesta vemos que permanece o mesmo tipo de educação, ou seja, apenas os meninos vão à escola, as meninas ficam em casa com a mãe e o Estado apenas interessado na máquina burocrática.
Até aqui não vimos nada que nos leve a pensar que os governantes associem a alfabetização com os problemas sociais. Pelo contrário, continua uma sociedade escravista, desvaloriza o trabalho manual e privilegia a elite governante.
O processo de educação é lento, com métodos penosos de memorização e muitas vezes com castigo físicos.


Referências Bibliográfica

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda – História da Educação – 2ª ed. Editora Moderna,
1996-2005.
http://educbauru.wordpress.com/2009/10/09/o-coliseu-na-idade-mdia/
Célia Ferreira Duarte 2º semestre História R.A. 2009092710